Atualmente as balanças embarcadas para pás carregadeiras já estão com seu uso difundido pelo Brasil. Isso é um ponto muito positivo, pois mostra certo amadurecimento do mercado, certa percepção de que o controle de peso pode de alguma maneira beneficiar a operação de movimentação e carregamento de materiais. Entretanto, nem todos os gestores de frota estão conscientes que:
A pesagem embarcada é uma ferramenta para estancar o desperdício, hoje!
Não amanhã, não em um futuro distante. Por que um vazamento de dinheiro está acontecendo nesse exato momento, enquanto você lê esse texto e seu equipamento está lá fora trabalhando com perdas.
Quais perdas?
- Perda por pausas não programadas.
- Perda por aumento do tempo ciclo.
- Perda por redução do enchimento médio da caçamba e/ou carregamento parcial do caminhão.
- Perdas por retrabalho.
Estes fatores dizem respeito à operação e são dores de todos os gestores de produção. Eles são chamados “Os 4 fatores básicos que afetam a produtividade de uma carregadeira”. E balanças para pás carregadeiras são o recurso mais prático e econômico para eliminá-los.
Além destes, existem outros benefícios da implantação de balanças para pás carregadeiras:
- Padronização da carga média dos caminhões ou vagões
resultado: otimização da frota de caminhões, redução do numero de caminhões da frota, redução dos custos de manutenção de caminhões - Eliminação de retorno da balança (expedição) para ajuste de carga (área de carregamento)
resultado: redução do retrabalho e manobras em pátio - Eliminação de multas rodoviárias
resultado: transitar dentro dos limites legais e eliminar custos com multas por sobrecarga - Controle da tonelagem movimentada mensalmente
resultado: eliminação de questionamentos sobre as quantidades movimentadas e garantir a remuneração justa mensal do contrato (especialmente para empreiteiros) - Controle de estoques intermediários
resultado: eliminação de medições aproximadas por volume: número de caminhões / topografia
A Importância da Análise de Viabilidade
Minha opinião é que estes benefícios deveriam ser explorados em profundidade mediante uma análise de viabilidade, sempre que é cogitada a implantação de balanças embarcadas.
É o que ocorria há 20 anos atrás, quando os pioneiros no uso destas tecnologias no Brasil precisavam estar plenamente convencidos que o sistema de balanças embarcadas para pás carregadeiras beneficiava a operação, e que seu uso gerava economias financeiras reais, com uma taxa de retorno do investimento aceitável. Consequentemente, havia uma garantia maior que o investimento foi correto e o retorno ocorreria.
Observo que hoje isso mudou muito. Dificilmente um gestor encontra tempo para dedicar-se a realizar um projeto de análise de viabilidade para adoção de uma nova tecnologia.
Percebo que a análise de viabilidade não é feita por que de alguma forma o decisor já está convencido na necessidade da tecnologia. Isso poderia ser muito positivo, mas nesse caso encontro duas situações infelizes:
- o convencimento é superficial, e a aquisição da tecnologia se dá por preço.
- a tecnologia não é adquirida porque o investimento é considerado alto e “estamos em recessão e não podemos fazer investimentos desnecessários”.
Em ambos os casos está o prejuízo: um por que pode ter investido errado e não receber todo o benefício que a tecnologia oferece; o outro porque deixou de investir e assim tem benefício zero. Ambos continuam jogando dinheiro pelo ralo do desperdício.
Aproximar-se de uma nova tecnologia com a abordagem adequada é fundamental.
Quando alguém fala que pesagem embarcada promove “redução de custos” ou “aumento de produtividade”, pode soar muito vago, é apenas uma oportunidade.
Tenho sempre em mente que na pesagem embarcada, e principalmente para pás carregadeiras, podemos conter o desperdício que está ocorrendo agora! Quanto mais tempo postergamos o investimento maior o prejuízo. E na maioria das vezes isso pode ser facilmente demonstrado na Análise de Viabilidade.
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